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Abrigada da rua. Abrigo Institucional para pessoas em situações de rua na Lapa
Autor:
Lucas Dias Abreu
Orientador(es):
Adriana Sansão
Instituição:
UFRJ
Sob a égide dos grandes eventos internacionais, o Rio de Janeiro foi palco de inúmeros projetos e de um enorme esforço político e financeiro para subsidiar melhorias na cidade e por mais que aspirasse a universalidade, acabaram sempre determinadas pelos interesses daqueles que os forjaram. A cidade inteira acabou sendo representada através de faces limitadas e estereotipadas que reduziram as múltiplas dimensões urbanas a uma única identidade visual coerente. O que levou a investigação de formas alternativas de acesso à cidade, sobre o que acontece com as culturas que permanecem invisíveis e com as camadas da população não contempladas pelos projetos ou com acesso limitado aos espaços renovados.
Dentre esses grupos, está a população em situação de rua, profunda mazela da sociedade que escancara a desigualdades ao ingresso dos equipamentos e à cultura produzida. Estima-se que há por volta de 14000 pessoas em rua no Rio. Por definição, é um grupo populacional extremamente heterogêneo, o que dificulta sua leitura e a tomada de iniciativas voltadas para esse público.
A proposição do trabalho foi assegurar o direito constitucional à moradia ao considerar ela como a primeira etapa do processo de intervenção às pessoas em rua. Ou seja, inverte-se a ordem usual de assistência, priorizando antes de tudo, alocar as pessoas diretamente das ruas, sem precondição visando a melhorias na saúde física e mental através da estabilidade trazida pela habitação.
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